Incidente de Isshi

Representação do assassinato de Soga no Iruka a partir de Tōnomine Engi Scroll. Pintura do período Edo (século XVII-XIX).

O Incidente Isshi (乙巳の変, Isshi no Hen?) também conhecido como Incidente de 645[carece de fontes?], com o nome proveniente do nome zodiológico do ano 645, durante o qual um acontecimento histórico imperial no Japão ocorreu.

O incidente teve inicio a partir de um plano bem sucedido de Nakatomi no Kamatari, Príncipe Nara no Ōe e outros que conspiraram para a eliminação do ramo hereditário do clã Soga. Isto teve origem com o assassinato de Soga no Iruka.[1]

O assassinato de Iruka teve lugar a 10 de julho de 645, durante uma cerimónia da corte imperial na qual o memorial dos Três Reinos da Coreia estavam a ser lidos pela Imperatriz Saimei para Soga no Kurayamada no Ishikawa no Maro. O Príncipe Naka no Ōe havia desenvolvido elaboradas manipulações para que fosse possível atacar Iruka, entre as quais, o suborno dos guardas do palácio, trancar os portões do mesmo, incluindo o ocultar de uma lança no salão onde decorria a cerimónia. Também ordenou que quatro homens armados atacassem Iruka. No entanto, perante sinais de que os homens estavam demasiado receosos para executar as suas ordens, Naka no Ōe foi forçado a executar com as suas próprias mãos Iruka. Porém, este não havia sido morto de imediato, sendo possível um pedido de investigação criminal pela inocência de Naka.

O príncipe Naka no Ōe defendeu o seu caso frente à imperatriz Saimei e quando esta se aposenta do salão para analisar toda a situação, os quatro guardas subornados pelo príncipe acabaram finalmente por finalizar com a vida de Iruka. Pouco tempo depois, o pai de Iruka, Soga no Emishi suicida-se pondo fogo à sua própria residência. O incêndio destruiu a cópia do manuscrito de Tennōki assim como tantos outros tesouros imperiais que tinham sido tomados em custódia por Soga.[2]

Chocada com toda a situação, a imperatriz renunciaria ao trono. A sociedade japonesa foi também sensível com todo este incidente.[2]

Referências

  1. Ponsonby-Fane, Richard. (1959). The Imperial House of Japan, pp. 49-50.
  2. a b Ponsonby-Fane, p. 50.

Bibliografia

  • Aston, William George. (1896). Nihongi: Chronicles of Japan from the Earliest Times to A.D. 697. London: Kegan Paul, Trench, Trubner. [reprinted by Tuttle Publishing, Tokyo, 2007. 10-ISBN 0-8048-0984-4; 13-ISBN 978-0-8048-0984-9]
  • Brown, Delmer M. and Ichirō Ishida, eds. (1979). [ Jien, c. 1220], Gukanshō (The Future and the Past, a translation and study of the Gukanshō, an interpretative history of Japan written in 1219). Berkeley: University of California Press. ISBN 0-520-03460-0
  • Ponsonby-Fane, Richard Arthur Brabazon. (1959). The Imperial House of Japan. Kyoto: Ponsonby Memorial Society. OCLC 194887
  • Sakamoto, Tarō, Ienaga Saburō, Inoue Mitsusada and Ōno Susumu. (1965). Nihon Koten Bungaku Taikei: Nihon Shoki. Tokyo: Iwanami Shoten. 10-ISBN 4-00-060068-0
  • Shimura, Izuru. (1998). Kōjien, 5th edition. Tokyo: Iwanami Shoten. 10-ISBN 4-00-080111-2; 13-ISBN 978-4-00-080111-9 (cloth)
  • Titsingh, Isaac, ed. (1834). [Siyun-sai Rin-siyo/Hayashi Gahō, 1652], Nipon o daï itsi ran; ou, Annales des empereurs du Japon. Paris: Oriental Translation Fund of Great Britain and Ireland.
  • Varley, H. Paul , ed. (1980). [ Kitabatake Chikafusa, 1359], Jinnō Shōtōki ("A Chronicle of Gods and Sovereigns: Jinnō Shōtōki of Kitabatake Chikafusa" translated by H. Paul Varley). New York: Columbia University Press. ISBN 0-231-04940-4