Praça da Figueira

Coordenadas: 38° 42' 46.2" N, 9° 8' 20.1" O

Praça da Figueira
Praça da Figueira
Placa toponímica da Praça da Figueira
Freguesia(s) Santa Maria Maior
Antiga(s) freguesia(s): Santa Justa e São Nicolau
Lugar, Bairro: Baixa Pombalina (Santa Justa
São Nicolau)
Área 12 000
Nomeação 28 de agosto de 1950
Homenagem a D. João I
Praça da Figueira está localizado em: Lisboa
Praça da Figueira
Localização da Praça da Figueira em Lisboa

A Praça da Figueira é uma praça na Baixa de Lisboa, nas proximidades da Praça de D. Pedro IV (Rossio). Antes do Terramoto de 1755 era o local do Hospital de Todos-os-Santos, cujas fundações foram postas a descoberto durante a construção do atual parque de estacionamento subterrâneo.

No desenho do Marquês de Pombal para a Baixa, a praça transformou-se no principal mercado da cidade. Em 1885 foi aí construído um mercado coberto, demolido nos anos 50. Hoje, os edifícios de quatro andares são ocupados por hotéis, lojas e cafés e a praça já não é um mercado.

Uma das características interessantes é a estátua equestre de bronze de D. João I erguida em 1971, da autoria de Leopoldo de Almeida.

A praça é servida pela estação Rossio, na Linha Verde do Metropolitano de Lisboa, bem como por algumas carreiras da Carris e o serviço da Linha de Sintra da CP Urbanos de Lisboa, na Estação Ferroviária do Rossio.

História

Lisboa vivia há décadas com o problema da falta de um mercado central, o que fazia multiplicar as vendas ambulantes por cada esquina da cidade. O marquês de Pombal viu ali a solução e, a 23 de novembro de 1775, o terreno da Praça da Figueira foi doado à cidade de Lisboa por decreto régio de D. José. São 380 palmos de norte a sul e 440 palmos de nascente a poente, cedidos sob a condição de ali se concentrarem as vendas de frutas, hortaliças e aves de capoeira. A edificação custou ao erário público 10 251 réis.

Nasce assim na praça (então a Praça da Erva) um mercado a céu aberto, sobre terra batida, que depois dá lugar à construção de pequenas barracas e à escavação de um poço (num lugar onde havia uma figueira). Ao longo dos anos, aquele espaço - que ainda deu pelo nome de Praça Nova, antes de chegar à designação atual - foi recebendo os melhoramentos trazidos pelo tempo. Em 1834 foi arborizado e foi instalada iluminação, em 1849 foi fechado com grades de ferro. Esta construção haveria de ir abaixo em 1883 e dois anos depois surge o novo mercado, inaugurado com pompa e circunstância, na presença da família real.

O imponente edifício de ferro, cheio de rendilhados, ocupava uma área de oito mil metros quadrados, com três naves e quatro torreões encimados por cúpulas. Ao longo dos 64 anos seguintes transformou a Praça da Figueira num espaço central da cidade, fervilhante de vida. O mercado cresceu de importância com o correr dos anos, tornando-se um dos pontos mais conhecidos de Lisboa.

Em 16 de janeiro de 1947 o presidente da autarquia, Álvaro Salvação Barreto, fez aprovar em reunião camarária a demolição do edifício.

Após 2 anos de polémica, em junho de 1949 as estruturas metálicas do mercado foram arrematadas em leilão por 830 contos a um sucateiro do Porto.

O metro chegou à praça nos anos 60, a estátua equestre de D. João I ali foi colocada em 1971.

Ligações externas

  • «Toponímia de Lisboa» 

Galeria

  • Praça da Figueira vista do Castelo
    Praça da Figueira vista do Castelo
  • Fotografia aérea de 1919. São visíveis os telhados do Mercado no centro da Praça da Figueira
    Fotografia aérea de 1919. São visíveis os telhados do Mercado no centro da Praça da Figueira
  • Praça da Figueira 2014, Lisboa, Portugal
    Praça da Figueira 2014, Lisboa, Portugal
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